2012/12/28

A simplicidade da vida chega com a riqueza interior


"Vida simples não consiste na mera posse de poucas coisas, mas na liberdade da posse e não-posse, na indiferença pelas coisas que vem com a compreensão profunda. Meramente renunciar às coisas a fim de alcançar maior felicidade, maior alegria que é prometida, é buscar recompensa que limita o pensamento e o impede de florescer e descobrir a realidade. Controlar pensamento-sentimento por uma recompensa maior, por um resultado maior, é tornar isto insignificante, ignorante e sofrido.
A simplicidade na vida chega com a riqueza interior, com liberdade interior do anseio, com liberdade da ganância, da aquisição, da distracção. Desta vida simples vem essa necessária subtileza que não é resultado da concentração fechada em si mesma, mas da consciência ampliada e da compreensão meditativa.
Vida simples não é o resultado de circunstâncias exteriores; o contentamento com o pequeno vem com as riquezas da compreensão interior. Se você depende de circunstâncias para estar satisfeito com a vida, você criará miséria e caos, pois você será um brinquedo do meio ambiente, e só quando as circunstâncias são transcendidas pela compreensão é que existe ordem e claridade. 
Estar constantemente consciente dos processos de aquisição, de adição, de distracção, traz liberdade deles e, assim, há uma vida simples e verdadeira."

2012/11/29

Os paraísos fiscais


A nef - Fundação para a Nova Economia - acaba de divulgar um interessante vídeo sobre os paraísos fiscais. Interessante e educativo, só é pena não se conseguir traduzir para português. De qualquer forma aqui fica.


2012/11/26

As dívidas...

Há algum tempo mostrámos o estado das dividas nalguns países.
Aqui fica uma actualização...
... já agora o local onde ver mais.

2012/11/20

23 de Novembro - Dia de boicote às compras


Sexta-feira 23 de Novembro é dia de boicote às compras
O objectivo é termos 24 horas de reflexão sobre o consumo social, económico e ecológico dos países ricos em todo o planeta
Esta será uma forma de protestar contra o consumo excessivo e o desperdício na sociedade que conduz à degradação, exploração de pessoas e à perda de valores humanos. 
A maioria dos problemas ambientais são causados ​​pelo excesso de consumo (transportes, embalagens...). 
Não nos esqueçamos que o consumo em larga escala é baseada na exploração...

Junte-se ao movimento!  
Sexta-feira, 23 Novembro - simplifique a sua vida, não compre!

2012/09/19

Nunca é tarde....




 ... para se fazer uma mudança!


Cerveja > Hospital

É verdade a cerveja pode levar ao hospital, mas de uma cervejeira também podem sair coisas boas para um hospital.


* Se carregarem em CC podem optar por ter uma legendagem em castelhano (é o melhor que consegui...)

2012/09/18

Não são Tretas!

Com a devida vénia transcrevemos de www.tretas.org o texto de abertura, esperando assim motivar-vos a fazer uma visita. Boa viagem por este espaço.

"Bem Vindo ao tretas.org

Vivemos numa sociedade aberta, como "eles" dizem! No entanto...
No entanto a informação é moldada de tal forma que não permite a ninguém, excepto aos mais interessados, ter uma visão geral do que vai acontecendo na nossa sociedade. As notícias que têm influência na nossa qualidade de vida são ofuscadas por outras que não passam de fait divers. Uma pessoa mais maliciosa até poderia dizer que as histórias do futebol, ou os escândalos de sociedade são orquestradas exactamente para apagar da memória outras histórias muito mais pertinentes. A cada um de julgar...
A grande subversão, neste estado das coisas, consiste exactamente no facto de termos uma sociedade aberta, aberta no sentido em que há poucos ou nenhuns segredos. As notícias saem nos jornais, nós sabemos quem é o incompetente, sabemos quem é o corrupto, mas, pela forma como a informação nos é passada acabamos por não conseguir ligar os pontos para termos a visão panorâmica do que se passa. 
..."
 
 
 

2012/09/04

No Ano Internacional das Cooperativas

Mais uma vez uma amostra que nos vem da Mondragon, País Basco



* Sem legendas, mas pode ser que a televisão Pública obtenha a reportagem da Deutsch Welle

2012/08/22

Prosperar

O que é que será preciso para que a humanidade prospere?
Esta foi a questão a que Foster Gamble procurou responder com a criação deste filme.
Aqui fica a apresentação (em inglês) mas o filme pode ser visto na integra com legendas em português em  www.thrivemovement.com


2012/07/20

Transportes - Os exemplos de...

... Covilhã, Braga e Viana do Castelo e há mais seguramente.
Como é que diminuindo oferta aumentando tarifas se consegue aumentar a procura e, consequentemente, obter sustentabilidade operacional e financeira?"

"Transportes públicos
Há vida para além dos aumentos tarifários?

Em Economia, a Lei da Oferta e da Procura consiste na lei que estabelece a relação entre a procura de um produto/serviço e a quantidade que é oferecida, a oferta. Nos períodos em que a oferta excede a procura, o seu preço tende a cair. Quando se verifica o contrário, isto é, quando a procura é superior à oferta, a tendência do preço é aumentar. Em Portugal, e no setor dos transportes, a lei parece ser diferente. Reduz-se oferta, aumentam-se preços e…pretende-se aumentar procura. No entanto, existem casos onde o” focus” não são as tarifas e, espante-se, consegue-se ganhar passageiros!"

O exemplo da Covilhã: Covibus Em primeiro lugar, há que salientar que as realidades entre Lisboa e Porto e o resto do país são diferentes, uma vez que o modelo operacional e também organizacional das empresas (principalmente as públicas) é diferente, assim como também é o modelo tarifário, que varia igualmente entre as duas cidades. Há que ter em conta a legislação e aquilo que diz o Decreto-Lei n.º 8/93 de 11 de Janeiro, diploma que, para além de prever a criação de títulos combinados de transporte entre empresas, carreiras e modos de transporte, estabelece também as condições da fixação de preços e tarifas. Se até 50 quilómetros os preços são definidos pelo Estado, acima desse valor os preços são fixados pelos operadores, medida que vale quer para o transporte rodoviário como ferroviário. No caso dos transportes coletivos urbanos, explorados diretamente pelos municípios, os preços são estipulados pela própria autarquia. Aqui inserem-se também os transportes urbanos que estão concessionados a entidades privadas, mas cujos preços estão estipulados e definidos por um contrato.

É este o caso da Covibus, empresa de transportes urbanos da Covilhã, cuja operação está concessionada à CTSA, grupo de transportes espanhol que também detém a concessão dos transportes urbanos de Vila Real. A operar há cerca de dois anos, a Covibus acabou 2011 com resultados operacionais de relevo: cerca de um milhão e oitocentos mil passageiros transportados e um aumento na procura, comparativamente com o ano anterior, de cerca de sete por cento. E entre 2009 e 2011, esse aumento foi superior a 16,5 por cento. E não houve necessidade de se aumentar tarifas…muito pelo contrário, conforme refere à Transportes em Revista o administrador da Covibus, João Queiroz Lino:«A primeira coisa que fizemos foi acabar com o sistema que existia, que era por linhas, e reestruturáramos a rede e o serviço. Não havia o conceito de serviço urbano integrado e de rede. As pessoas tinham de ter passes diferentes para andar nas diferentes linhas. O passe de uma linha tinha um custo de 56 euros. Criámos então duas coroas, uma interna e outra externa, com preços diferenciados. Esta medida permitiu-nos reduzir para quase metade o custo do passe, que passou a custar 30 euros e que permite utilizar toda a rede. Com a reestruturação da oferta e diminuição de preços tivemos logo um aumento de procura, situação que tem vindo a manter-se. As pessoas só agora estão a aperceber-se que não pagam apenas para ir “daqui para ali”. Pagam para usufruir de todas as linhas que compõem a rede». De acordo com o responsável, as empresas de transportes têm de estar focalizadas num objetivo: conseguir mais passageiros, uma vez que isso significa também conseguir mais receita. Mas como se faz isso? João Lino dá o exemplo que aplica quer na Covibus, quer na Corgobus, em Vila Real. «Cada cidade tem as suas características e é necessário “fazer o trabalho de casa”, isto é, estudar a procura. A Covilhã é uma cidade universitária e eu acredito que neste tipo de cidades é sempre possível crescer. Mas para que tal aconteça é preciso estar sempre atento às variações e características da procura. Por exemplo, há uns tempos tinha cinco autocarros a funcionar na rede noturna, entre as 19h e a 1 da manhã. Hoje, temos apenas três autocarros e estamos a transportar praticamente o dobro daquilo que transportávamos. Porquê? Porque estes cinco autocarros faziam os mesmos percursos que faziam durante o dia. E constatámos que, durante a noite, as características da procura é diferente, ou porque os alunos que estão nas residências universitárias querem ir ao “Bar dos Leões” e para a zona dos bares, ou ao cinema, ou visitar os amigos… E aquilo que fizemos foi ir à procura da procura. Por exemplo, fomos ver onde era o tal “Bar dos Leões” e vimos a quantidade de pessoas que ali vão durante toda a noite. Logo, dissemos que ali tinha de ter uma paragem de autocarro. Resultado, o primeiro autocarro da manhã, que passa no Bar dos Leões, vem quase sempre cheio». Para o administrador da empresa, é obrigatório conhecer o mercado e adequar a oferta a esse mesmo mercado. «Na Covilhã temos dois mercados perfeitamente identificados. Os jovens e os mais idosos. Quando fizemos a nossa rede tivemos de ter isso em conta e fizemos com que todas as nossas linhas tivessem três pontos fundamentais: o Hospital, o Centro de Saúde e as Universidades», refere, acrescentando ainda que «atualmente, a Covibus tem 14 linhas. Ainda não temos necessidade de aumentar, mas brevemente terá de acontecer. Estamos sempre à procura de mais clientes e estamos muito atentos a novas oportunidades que podem surgir».

Apesar de salientar que existem realidades diferentes ao nível do transporte público, entre Lisboa e Porto e o resto do país, João Queiroz Lino revela que na sua opinião existem outros caminhos que podiam ser seguidos. «Ainda não percebi muito bem algumas coisas que estão a acontecer. Existem declarações que me parecem desgarradas. Por um lado, está-se a aumentar tarifas, por outro está-se a reduzir oferta. E esta redução é feito com que base? Por exemplo, no caso do Porto, há uns anos foi feita a remodelação da rede da STCP que já existia há dezenas de anos. O que aconteceu? Surgiram imensas queixas. Isto significa uma coisa: Nada tinha sido feito nos últimos 20 anos. Então agora, de um momento para o outro, fazem-se estudos de rede num tempo recorde, corta-se na oferta e decide-se aumentar as tarifas. Porquê?». João Lino acrescenta que compreende o facto de «os aumentos permitirem resolver no curto prazo um problema de tesouraria que necessita de solução imediata» e que está diretamente ligado às empresas do setor empresarial do Estado, adiantando que acredita existirem «outras formas de obter receitas sem que tenha de ser necessário aumentar o tarifário. Uma delas passa por reduzir custos e, nesta variável, a mão-de-obra das empresas públicas terá de ser afetada. Mas quando vão fazer isso? E, se calhar, o problema não está nos motoristas…está no excesso de quadros administrativos. Mas essa situação demora mais tempo e não é imediata».Segundo o responsável «até agora, os temas no setor têm sido; baixar custos de produção, otimizar a estrutura, reordenar a oferta, mas o cerne da questão passa por saber como é que se vai conquistar mais clientes, para existir mais receita e para se crescer. E só se consegue ganhar mais passageiros se formos capazes de reinventar o serviço. Porque as pessoas não andam naquilo que não lhes serve. Penso que esta fase que estamos a travessar é uma ótima oportunidade para que o setor possa crescer e ganhar passageiros».



Os exemplos de Braga e Viana do CasteloMas a Covilhã não é caso único. Em Braga, a empresa municipal de transportes urbanos, os TUB, também não aumentaram tarifas em 2011, apostaram numa nova rede e ganharam passageiros. Segundo Álvaro Costa, da empresa Trenmo, responsável pelo estudo da nova rede «fizemos algumas alterações à rede, que começou a funcionar a 9 de maio, e fizemos também uma redefinição do tarifário. Esta remodelação teve por base a abertura do novo Hospital de Braga, que passou a ser um dos pontos centrais da rede. Por outro lado criámos uma tarifa horária, que permitiu, inclusive, que pudéssemos baixar o preço títulos de transporte». Desta forma, os títulos pré-comprados dos TUB passaram a ter uma validade máxima de tempo (anteriormente era por viagem) designadamente 1h30m para três coroas e 1h para duas e uma coroas, permitindo assim o transbordo entre linhas durante esse período. De acordo com Álvaro Costa, «os resultados surgiram quase imediatamente. Em 2011, a empresa deverá ter um acréscimo de receitas na ordem dos 2,6 por cento». Para o consultor em transportes e professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, as políticas que estão a ser levadas a cabo pelo Governo, ao nível do tarifário «estão a destruir o mercado no Porto e em Lisboa. Existem quebras acentuadas na procura nas duas cidades, mais até no Porto. Penso que este não é o caminho. Era necessário eliminar a ineficiência das empresas públicas e do próprio sistema e isso não está a ser feito». Mais a norte, em Viana do Castelo, a Transcunha, empresa que realiza o serviço de transportes urbanos da cidade, anunciou que vai manter inalteradas as tarifas em 2012. Segundo os seus responsáveis, com esta medida, a empresa pretende “promover a mobilidade, desencorajando o uso do transporte individual e incentivando as populações ao uso do transporte público”. Em Viana do Castelo, os transportes coletivos de passageiros envolvem a cobertura do perímetro urbano e das freguesias limítrofes do concelho. “Este congelamento das tarifas abrange todos os passes e pré-comprados. O que aumentará, em cinco cêntimos, será apenas a tarifa a bordo, exatamente para promover a utilização regular dos transportes públicos, sobretudo na altura de crise que o país atravessa”, explicou à imprensa regional o administrador da empresa, Ivo Cunha, que revela ainda o facto de este ser “um esforço muito grande que fazemos, até porque os preços dos Transportes Urbanos de Viana do Castelo são dos mais baratos do país, especialmente tendo em conta que a exploração urbana não é subsidiada, como acontece na grande maioria das cidades com transportes urbanos…”. 

Mas estes não são os únicos exemplos. Existem mais exemplos de boas práticas por todo o país, onde aquilo que prevalece não é o aumento, mas, sim, a atualização tarifária. Estas atualizações podem ter por base os fatores que elevam o custo da operação, como por exemplo, o custo dos combustíveis ou a variação da taxa de inflação. A maior parte das empresas do setor percebe que para se ter receitas é necessário ter passageiros, e que para se ter passageiros é necessário oferecer um serviço que traga mais-valias e que seja vantajoso em relação ao transporte individual.

Entretanto, a pergunta para o Governo mantém-se: Como é que diminuindo oferta aumentando tarifas se consegue aumentar a procura e, consequentemente, obter sustentabilidade operacional e financeira?"
Transportes em Revista

2012/07/18

1 solução para...

... o buraco e cortar na despesa do Estado sem ir aos bolsos dos funcionários públicos. É isso que diz o Tribunal Constitucional e que quer o FMI.
Pois bem... há soluções alternativas... e aqui está um sítio onde ir buscar os Euros que faltam.
É capaz de faltar é coragem... política.



2012/07/07

Uma pequena homenagem!



Cooperativas uma séria alternativa




Hoje é o Dia Mundial das Cooperativas e estamos no Ano Internacional das Cooperativas


Por favor, considerem os seguintes números e exemplos:

  • As principais 300 cooperativas de todo o mundo têm um volume de negócios superior a 1,6 triliões de dólares.
  • Na Argentina, as cooperativas fornecem 58% de energia elétrica rural.
  • Na Colômbia, a Saludcoop, uma cooperativa de saúde, fornece serviços de saúde a 15% da população.
  • No Japão, 9 milhões de agricultores familiares são membros de cooperativas.
  • Na Índia, as necessidades de 67% dos famílias rurais são cobertas pelas cooperativas.
  • Na Suíça, a maior rede retalhista e empregador privado é uma cooperativa.
  • Alguns dos maiores bancos do mundo, inclusive o holandês Rabobank, Credit Agricole e Credit Mutuel, em França, e o Banco DG na Alemanha são cooperativas.
  • As cooperativas fornecem bens a 1 bilião de cidadãos no mundo inteiro.
  • As cooperativas de crédito servem a mais de 857 milhões de pessoas - 13 por cento da população mundial.
  • As cooperativas representam 100 milhões de empregos em todo o planeta.
  • As cooperativas garantem a subsistência de 50 por cento da população do mundo.
  • As cooperativas produzem 50 por cento da produção agrícola global.

2012/07/01

Tudo começa na educação...

É verdade, queriam ou não, tudo começa na educação e essa vem dos pais e das escolas.
Tempos novos e questões novas exigem abordagens diferentes das que temos vindo a dar aos problemas.
Não podemos resolver novos problema com respostas ultrapassadas. Há que revolucionar a nossa forma de estar e de procurar soluções.
Aqui vos deixo uma curiosa abordagem no campo da educação.
PAREM!!! Vejam, absorvam...



2012/06/19

Apoio às instituições locais

Aqui fica uma iniciativa alternativa americana. Pode ser que sirva de estímulo... 




Muitas vezes, vemos a palavra "Co-Op" em nome de lojas de venda de produtos alimentares mas que deixaram de o ser. Este vídeo apresenta uma  cooperativa de produtos alimentares de Oklahoma que foi formado para ligar os consumidores aos produtores locais de alimentos no estado. Compram em grupo, em grandes quantidades. Começou como um grupo dedicado de compradores que são considerados membros da co-op através da compra de uma pequena participação no empreendimento, cerca de US $50 por ano.  
Depois, na primeira semana de cada mês, esses membros podem pedir uma variedade de produtos directamente de um grupo de mais de 100 agricultores independentes de todo o estado. O Fundador e Presidente Bob Waldrop diz: "os produtores de alimentos locais tendem a usar menos produtos químicos, menos pesticidas, menos herbicidas e produzem de uma forma mais natural e orgânica." 
Se mora numa localidade onde a produção local não é fácil de encontrar em lojas, mercados de agricultores, talvez começar uma cooperativa seja algo a considerar para conseguir alimentos orgânicos produzidos localmente a preços mais baixos.

2012/06/15

2012/05/21

O mundo não pára...


Movimento da Nova Economia

Activistas, teóricos, organizações e cidadãos comuns estão a reconstruir o sistema político-económico norte-americano a partir do zero.

Com a evolução do sistema político, uma onda de pensamento inovador e de experiências ousadas está a criar novos ​​modelos económicos. Esta "nova visão económica” é um movimento vital que está a ganhar força e está prestes a explodir numa nova consciência pública. O "Movimento Nova Economia" está a começar a desenvolver-se num encontro de organizações, projectos, activistas, teóricos e cidadãos comuns comprometidos com a reconstrução do sistema político-económico norte-americana a partir do zero.
O objectivo geral é democratizar a propriedade da economia para os "99 por cento" da população num meio ambiente sustentável e participativo numa nova forma de construção da comunidade, representado por uma actuação prática desenvolvida no aqui e agora.
Milhares de projectos da vida do dia-a-dia – como por exemplo a produção de energia solar para as empresas auto-geridas, cooperativas e bancos estatais - estão em andamento por todo os EUA. Muitos projectos são conscientemente empreendidos como uma tentativa para desenvolver protótipos que funcionem em localidades e estados, verdadeiros "laboratórios da democracia" que poderão ser aplicados numa escala regional e nacional, quando o momento certo político for oportuno.
O movimento inclui jovens e idosos, pessoas do movimento "ocupar", activistas estudantis, que um participante descreve como milhares de "pessoas de 60 anos dos anos 60" arregaçando as mangas para aplicar algumas das lições de um movimento anterior.

Explosão de Energia

Esta forte tendência da aplicação na prática inclui uma gama de modelos económicos que mudam tanto a propriedade como têm em conta os resultados ecológicos. As Cooperativas, por exemplo, estão a ser foco de uma atenção particular, especialmente por aqueles que enfatizam a participação e as preocupações verdes. As Cooperativas “Evergreen” de um bairro extremamente pobre, predominantemente negro de Cleveland, Ohio, são um exemplo de liderança. Incluem uma instalação auto-sugestionaria solar e climatização cooperativa, uma lavandaria industrial em escala comercial num edifício certificado que utiliza apenas cerca de um terço da água de outras lavandarias, e uma grande estufa hidropónica capaz de produzir três milhões de alfaces e 300.000 quilos de verdura por ano. Hospitais e universidades na área concordaram em usar os serviços cooperativos. As cidades de Pittsburgh, Atlanta, Washington e Amarillo, no Texas, estão já a estudar iniciativas semelhantes. 

Há mais modelos que se encaixam no que Marjorie Kelly considera "economia geradora" que convidam as comunidades e respeitar o meio ambiente natural. A “Organic Valley” é um produtor de leite cooperativo baseado em Wisconsin com mais de US $ 700 milhões em receitas e cerca de 1.700 agricultores proprietários. A “Upstream Corporation 21” é uma holding "socialmente responsável" de compras sustentáveis ​​e que apoia pequenas empresas. A “Greyston Bakery” é uma padaria de Nova Iorque (um novo tipo de sociedade – "B-Corporation" - concebida para beneficiar o público) que foi fundada inicialmente para gerar empregos para os moradores do bairro. Hoje, a Greystone gera cerca de US $ 6,5 milhões em vendas anuais.
Recentemente, o sindicato “United Steelworker”s quebrou a tradição do movimento e fez num acordo histórico com a Cooperativa Mondragón e o Centro de Empregado de Ohio para ajudar a constituir cooperativas nos Estados Unidos com base num novo modelo de união cooperativa.
O movimento também está a ser importante quando se baseia nos modelos anteriores já existentes. Mais de 130 milhões de americanos, de facto, já pertencem a uma ou outra forma de cooperativa, especialmente sob a forma mais conhecida: a União de Crédito. Da mesma forma, existem cerca de 2.000 utilizadores das propriedades municipais, um grande número ecológicas. (Vinte e cinco por cento da electricidade nos Estados Unidos é fornecido por cooperativas e serviços públicos). Mais de 10 milhões de americanos trabalham agora em cerca de 11.000 empresas propriedade dos empregados (empresas ESOP).
Centenas de "empresas sociais" usam os seus lucros para objectivos sociais ou para beneficiarem a comunidade que servem. Além desses esforços, cerca de 4.500 empresas de desenvolvimento comunitário e 1,5 milhões de organizações sem fins lucrativos operam actualmente em todos os estados dos Estados Unidos.
Esta Nova Economia também é representada pelo movimento "Move Your Money" (Transfiram o Vosso Dinheiro) e pelas campanhas de "Transferências Bancárias" - tentativas para deslocar milhões de dólares de empresas gigantes como o “Bank of America” para instituições bancárias democráticas ou comunitárias. Desde 2010, 17 estados, por exemplo, alteraram a sua legislação para permitir criar bancos públicos, como por exemplo o Banco de Dakota do Norte.
Várias cidades, incluindo Los Angeles e Kansas City, criaram legislação de "responsabilidade ​​bancária" que exigem que os bancos revelem o seu impacto na comunidade e/ou solicitando aos funcionários municipais para só fazer negócios com bancos que respondam às necessidades da comunidade. Outras cidades, como San José e Portland, estão a desenvolver esforços para retirar o seu dinheiro de bancos de Wall Street e outros bancos comerciais e os colocar em bancos comunitários ou cooperativas de crédito. Políticos e activistas em San Francisco propuseram já a criação de um banco de propriedade pública municipal. 
Há também uma série de bancos inovadores não-públicos, não cooperativos, incluindo o Banco de Novos Recursos, em San Francisco, fundada em 2006, "com a visão de dar novos recursos para empresas sustentáveis ​​e, finalmente, promover a criação de comunidades mais sustentáveis." Da mesma forma, o “Pacific Coast Bank”, com sede em Oakland, nasceu do desejo de "criar uma sociedade sustentável” sendo um banco de desenvolvimento comunitário com uma organização sem fins lucrativos de apoio. O “One United Bank”, o maior banco propriedade de negros do país, com escritórios em Los Angeles, Boston e Miami, financiou já mais de US $ 1 bilhão em empréstimos, a maioria em bairros de poucos rendimentos.
Por outro lado, e em várias partes do país, têm sido criadas moedas alternativas para ajudar as empresas locais de construção nomeadamente "Berkshares", em Great Barrington, Massachusetts, e "Horas de Ithaca” na cidade de Ithaca, Nova Iorque.
Várias iniciativas de protesto estão também em andamento. O Movimento Ocupar, juntamente com muitos outros, tem usado cada vez mais a acção directa de apoio ao novo sistema bancário. A 24 de Abril um milhar de pessoas protestaram contra as práticas bancárias durante a reunião de accionistas da “Wells Fargo” de San Francisco. Acções semelhantes, algumas envolvendo "ocupações" físicas de agências bancárias, estão a ocorrer em muitas partes dos EUA desde que o movimento começou as ocupações em 2011. Grandes manifestações decorreram durante a reunião anual de accionistas do “Banco da América” em Maio de 2012.
Em Março de 2012, o Fórum de Esquerda, realizada em Nova Iorque também ouviu muitos apelos para um retorno às nacionalizações e ao regresso do "small is beautiful" – o pequeno é belo, princípio defendido pelo falecido economista EF Schumacher, que defende que quando chegamos a grandes empresas, a ideia de propriedade privada se torna um absurdo.

Grandes desafios

O Movimento Nova Economia já está fortemente envolvido numa grande variedade de de actividades, mas enfrenta desafios em grande escala. O primeiro deles deriva da tarefa que se propôs de mudar e democratizar a própria essência da estrutura institucional do sistema económico norte-americano.
Mesmo visto como um objectivo de longo prazo, o movimento, obviamente, enfrenta o enorme poder do sistema político-económico norte-americano dominado pelos grandes bancos e por muitos interesses corporativos apoiados por políticas fortemente dependentes do poder financeiro das elites. (Um cálculo recente indica que apenas 400 indivíduos possuem mais riqueza do que os restantes 160 milhões).
Um segundo desafio fundamental deriva da consciência cada vez mais generalizada de que o crescimento económico deve finalmente ser reduzido, na verdade, até, possivelmente, já terminou se se pretender evitar os perigos resultantes das alterações climáticas e se se tiver em conta outros limites ambientais que devem ser tratadas de forma responsável.
Para complicar tudo há ainda a considerar o facto de que os sindicatos tradicionais, da maioria dos trabalhadores, considerarem o crescimento como absolutamente essencial (tal como a economia está agora organizado) para a manutenção de empregos.

*Gar Alperovitz com Lionel R. Bauman - professor de Economia Política na Universidade de Maryland, é um dirigente e fundador do movimento Democracy Collaborative - AlterNet

2012/05/18

Exemplo de longe

Vem do sul da Índia o exemplo que vos deixamos em filme.


Dois terços da população da Índia, que tem mais de um bilião de habitantes, vivem nas 600.000 aldeias do país. Apesar do crescimento económico da Índia, as disparidades entre riqueza e pobreza são enormes. Muitos habitantes do campo migram para as cidades em busca de trabalho e acabam mendigando nas ruas. J S Parthiban gerente de um banco no sul da Índia propôs-se fazer algo para ajudar a situação económica destas pessoas. Incentivou os mendigos a abrir contas bancárias em Nova Delhi, e criou também pioneiro centro de micro-empréstimos para os aldeões no seu estado natal - Tamil Nadu. Esta é a sua história e a deles.





*É pena que não tenha legendas

Vão ao cinema...

... e vejam o filme. Sentem-se confortavelmente e apreciem.
Muito educativo e interessante!!




*Legendado pela Iniciativa para uma Auditoria Cidadã à Dívida (http://auditoriacidada.info/)

2012/05/01

Nas escolas também há alternativas...


Detroit - Alunos formam a sua própria escola após serem suspensos


Após o anúncio do fecho da sua escola em Detroit, na semana passada mais de 100 alunos da Western International High School realizou uma greve para protestar contra o estado de deterioração do sistema de ensino. Como consequência desta acção, a escola pública de Detroit suspendeu os alunos que estiveram ausentes das aulas durante cinco dias. Na sexta-feira, os alunos formaram a "Escola de Liberdade" para continuar a sua educação, apesar das suspensões.
A Escola Livre é um projecto dirigido por estudantes, professores e líderes comunitários voluntários para fornecer educação, incluindo estudo sobre direitos civis, arte e mesmo hip-hop. "Fomos expulsos da escola por lutar por uma educação igual e estamos a fazer isto para mostrar que continuaremos a aprender mesmo sendo expulsos da escola", referiu um estudante


2012/04/28

Cozinha alternativa



O que vos apresentamos (passe a publicidade) é uma das alternativas possíveis.
Há mais, muito mais... é só procurar e... os mais habilidosos até os podem construir...



Mais informação aqui